Início da vida adulta
O início da idade adulta varia de pessoa para pessoa e passagem bem sucedida para esta fase depende da resolução satisfatória das crises da infância ou adolescência. A idade adulta é o momento em eu a pessoa alcança plena maturidade e o potencial para a satisfação está no seu pico.
Depois da puberdade, a plasticidade cerebral macroscópica está praticamente encerrada, mas a microscópica, que tem a ver com as ligações sinápticas e redes neurais continuam dependendo do uso que se faz do cérebro e a qualidade do sono. Apesar da estrutura do cérebro estar basicamente definida, a capacidade cerebral orgânica vão depender dos comportamentos e qualidade de vida.
A idade adulta pode ser dividida em três períodos principais: inicial ou jovem, média e tardia ou velhice.
Grande parte dos problemas da psiquiatria relaciona-se aos fenómenos que ocorrem durante a idade adulta: casamento, criação dos filhos, trabalho, divórcio, doenças e outras fontes de stress.
No período da meia-idade ocorre, nas mulheres a menopausa entre qualquer ponto entre os quarenta anos e o início da faixa dos cinquenta anos, variando a reacção a este fenómeno de cultura para cultura. Por exemplo as mulheres do oriente encaram este fenómeno como uma fase libertadora, podendo expandir a sua vida social sem serem recriminadas por isso. A menopausa causa no sexo feminino sintomas fisiológicos – pele seca, facilidade em ganhar peso, arritmia cardíaca, suores nocturnos e dores nos seios – e psíquicos –, mudanças súbitas de humor e depressão e é por isso interpretada de maneira negativa pelas mulheres europeias, por exemplo.
Para os homens não existe uma demarcação nítida como nas mulheres, contudo devem adaptar-se ao declínio no funcionamento biológico e físico geral. Alguns homens, nas vagas do pânico da crise da meia-idade, ficam deprimidos. Outros agem de uma forma estranha e começam a gastar mal os seus fundos de reforma – comprando um Ferrari, fazendo transplantes de cabelo e depilações no peito ou voltando aos hábitos da juventude, saindo até muito tarde e namoriscando mulheres com metade da sua idade. Os homens nesta idade podem sentir que já estão a meio da sua vida e ainda não fizeram as coisas que queriam ter feito, realização de sonhos e gera-se um medo ligado ao tempo que sobra, sendo também por isso que na meia-idade os divórcios aumentam.
Estatuto social
Os papéis que assumimos nos grupos a que pertencemos definem as obrigações e os comportamentos que os outros esperam de nós. O papel está dependente da posição que ocupamos num dado grupo, ou seja, do nosso estatuto. Assim, o estatuto decorre do poder e prestígio que se detém num dado grupo
Estatuto – conjunto de comportamentos e atitudes que se espera da parte dos outros tendo em conta a posição que se ocupa na hierarquia social, no interior dos grupos sociais.
Os estatutos podem ser adquiridos, quando a pessoa contribuiu para a sua obtenção (ex. médico, professor) ou atribuídos (como o sexo, a idade e a etnia).
Papel – conjunto de comportamentos e atitudes que os outros esperam de uma pessoa tendo em conta a posição que ela ocupa no grupo.
O desempenho em simultâneo de vários papéis sociais pode ser gerador de conflitos no indivíduo que os desempenha:
- Conflito interpapéis – conflito que pode ocorrer quando uma pessoa para responder a um papel fica impossibilitada de responder a outro. [Ex.: Uma mãe quer salvar um filho, mas a sua religião impede-a de recorrer a certas práticas médicas.]
- Conflito de descontinuidade de papéis – conflito que pode ocorrer quando um indivíduo passa a desempenhar funções inferiores às anteriormente ocupadas. Corresponde geralmente a uma perda de poder e prestígio. [Ex.: A reestruturação de uma empresa leva a que um director passe a ocupar um lugar subalterno na hierarquia da mesma.]
- Existem ainda conflitos intrapapel: um único papel solicita comportamentos incompatíveis. Por exemplo, o papel de um médico de uma empresa implica simultaneamente salvaguardar o bem-estar físico dos empregados e minimizar as despesas médicas da empresa empregadora.
O papel depende do estatuto da pessoa e esta desempenha tantos papéis quanto os estatutos. Daí afirmar-se que estatuto e papel são conceitos complementares.